PPGQ

Camila Vicente de Miranda

Por Kelly Cristina Silva Prado Em 11/03/20 16:28 Atualizada em 24/04/23 16:28

Camila Vicente de Mirandalattes

 

Dados de Conclusão:

AUTOR: Camila Vicente de Miranda
TÍTULO:  PREPARO E CARACTERIZAÇÃO DE COMPÓSITOS DE CARBOXIMETILCELULOSE/ARGILA PARA LIBERAÇÃO CONTROLADA DA DAPSONA
ORIENTADOR: Professora Doutora Tatiana Batista
DEFESA DA DISSERTAÇÃO: 14/12/2022

Resumo:

O objetivo deste trabalho foi na preparação, caracterização e avaliação de compósitos de carboximetilcelulose (CMC)/argila (laponita e montimorilonita modificada (MMT)) quanto a adsorção e liberação controlada da dapsona in vitro. A dapsona é utilizada principalmente no tratamento da hanseníase e apresenta uma série de efeitos colaterais, que pressupõe ser um dos motivos para o abandono ao tratamento medicamentoso, despertando o interesse pela obtenção de novas formulações farmacêuticas que minimizem os efeitos colaterais, proporcionando um melhor tratamento farmacoterapêutico e redução do abando no ao tratamento. Os compósitos de CMC/laponita/dapsona foram aplicados na produção de filmes e os compósitos de MMT/dapsona foram aplicados na produção de comprimidos. Os comprimidos foram obtidos a partir da mistura do compósito argila/ dapsona com excipientes e pela mistura dos constituintes isolados. Os filmes de CMC foram reticulados com ácido cítrico a fim de reduzir sua solubilidade em meio aquoso e foram incorporadas diferentes porcentagem de laponita/ dapsona visando avaliar o efeito da argila nas propriedades do filme e na liberação do fármaco. Os filmes foram caracterizados por espectroscopia de infravermelho (FTIR), reprodutibilidade quanto a massa de cada comprimido e avaliação da liberação do fármaco. Os filmes foram caracterizados por FTIR, perda de massa em meio aquoso, ângulo de contato e análise térmica. A liberação da dapsona foi avaliada no filme e nos comprimidos em meios simulando pH estomacal, intestinal, pele e entérico. A espectroscopia de infravermelho (FTIR) das formulações dos comprimidos permitiu observar as bandas características de dapsona, CMC e argila. Os espectros de FTIR dos filmes apresentaram as bandas características da CMC, laponita e dapsona, além de evidenciarem a formação de uma ligação éster resultante do processo de reticulação. Medidas de ângulo de contato indicaram que a hidrofilicidade da superfície do filme aumenta com o processo de reticulação. A curva termogravimétrica evidencia que a presença da argila melhora a estabilidade térmica dos filmes. Os ensaios de liberação para os comprimidos e filmes foram realizados em diferentes pHs e indicaram que a taxa de liberação da dapsona é função da quantidade de argila e do meio. Desta forma os nanocompósitos obtidos poderão ser utilizados na preparação de formulações tópicas de liberação prolongada e os comprimidos de dapsona podem ser considerados como uma alternativa promissora para a formulação deste fármaco em um sistema de liberação prolongada, e desta forma diminuir os efeitos indesejáveis e a desistência ao tratamento medicamento contra a Hanseníase. 

 

 

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